Uma reflexão sobre o curso FOCORE.

Uma reflexão sobre o curso FOCORE.

por Denilton Silveira de Oliveira -
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Olá querido(a) amigo(a),

Depois de 6 meses de um rico convívio, penso que podemos nos considerar bons amigos. Esse, ao menos, é o sentimento que guardo, em meu coração, em relação a você e a cada um dos colegas de nossa turma.

Chegar ao final desse curso é uma grande alegria, não só pelo muito que aprendemos, mas, e muito especialmente, pelos laços que pudemos construir. Agradeço a você por participar e contribuir com isso. Tenho, realmente, um respeito e um carinho muito especial por você.

Quanto ao que aprendemos, estou certo de que foi muito significativo. Fazendo uma retrospectiva, aprendemos muito sobre planejamento. Não um planejamento simples de aula, mas um planejamento qualificado, partindo dos documentos de referência (PPP, BNCC, e demais instrumentos norteadores), considerando a importância desses documentos na construção do processo ensino-aprendizagem e, ainda, considerando a realidade da escola em que atuamos e os conhecimentos prévios dos estudantes, face aos conhecimentos que temos a missão de lhes ensinar.

Aprendemos, ainda, sobre avaliação. Nosso curso não teve o propósito de avaliar (aprovando ou reprovando) você. Mas todas as aulas foram cuidadosamente planejadas de forma a permitir uma avaliação permanente do processo ensino-aprendizagem, ressaltando o principal papel da avaliação, que é o de conduzir esse processo, oferecendo parâmetros para a necessária correção de rumo que, em todo tempo, se faz necessário visando o alcance dos objetivos planejados.

Essa proposta de avaliação valorizou o erro entendendo-o como construtivo. O que buscamos mostrar foi que o erro não pode ser entendido e aceito como um elemento paralisante, mas como uma alavanca que nos catapulta para um degrau acima. Essa concepção de erro deve servir para tudo em nossa vida. Errar é humano, mas a virtude está em sua superação. (Esse é o ensino maior do Evangelho, quando nos aponta o Perdão de Deus em Cristo, como uma nova oportunidade de vida, um novo recomeço).

Mas, acima de tudo, aprendemos muito sobre Robótica e suas possibilidades de aplicação na educação, inclusive como um caminho para aprendermos a lidar melhor com o erro nesse contexto de ensino (em geral pensamos que o professor não tem o direito de errar). Como vimos, não dá para esperar exatidão absoluta de nosso robô. Muitos imprevistos estão presentes entre sua construção (mecânica e eletrônica), sua programação e sua manipulação.

Entretanto, vimos o quanto ele é lúdico, dando um novo colorido a experiência de aprendizagem do estudante, e interessante para desenvolver autonomia, criatividade e habilidades cognitivas como: abstração, que é uma operação intelectual em que conseguimos isolar conceitos e outros fatores de uma dada realidade; e o pensamento computacional, que pode ser entendido como a capacidade de construir algoritmos, que é a base do funcionamento de um sistema computacional (sua lógica de programação).

Nesse sentido, entendemos que entramos nesse projeto, por motivos diversos, mas o motivo maior, e que nos une a todos, é o desejo de melhor cumprir nossa missão. Acredito que terminamos esse curso melhores preparados para isso do que quando o iniciamos.

O que você acha? Concorda com isso? Gostaria de saber sua opinião.